domingo, 6 de março de 2016

Sete Motivos Históricos para Zoar um Santista

1. Eterno 7x1

O placar do Pacaembu não estava quebrado: era 7 a 1 mesmo.

       Há dez anos, em 6 de novembro de 2005, ano em que conquistou seu quarto título brasileiro, o Corinthians impôs uma goleada acachapante sobre o Santos, 7 a 1, em jogo disputado no Pacaembu.
       O Timão, então comandado por Antônio Lopes, contava com duas estrelas: Tevez e Nilmar, que sozinhos fizeram cinco dos sete gols alvinegros.
       Rosinei abriu o placar para o Corinthians, logo a um minuto de jogo. Geilson deixou tudo igual para o time de Nelsinho Baptista, sete minutos depois.
       Em seguida, amplo domínio do time corintiano, que marcou dois gols ainda no primeiro tempo, ambos de Tevez, aos 20 e aos 36.
       Com 3 a 1 no placar, tudo ficou ainda mais fácil, e Tevez voltou a marcar aos 8 do segundo tempo, fazendo 4 a 1. Na sequência, dois gols de Nilmar, aos 12 e aos 32.
Marcelo Mattos, no último minuto, marcou o derradeiro tento do jogo, de falta, vencendo o goleiro Saulo.


2. Maior placar: 11x0


       Esse Corinthians 11 x 0 Santos é a maior goleada, pros dois times. E o jogo nem chegou ao fim... 
       Primeiro turno do campeonato paulista de 1920, Vila Belmiro. O time do Santos jogando em casa achou que se daria bem nessa partida. Coitados...
       O Corinthians fez 11 gols nesse jogo histórico, mas poderia ter feito muito mais, já que o jogo acabou aos 21 do segundo tempo.
       O time do Corinthians começou o jogo com muita vontade e determinação e logo abriu o placar, com Basílio, aos 18 minutos. A partir daí, liderados por Neco e Gambarotta o Corinthians massacrou a equipe santista fazendo 5 x 0 ainda no primeiro tempo.
       No segundo tempo o Corinthians continuou a atacar o time do Santos, que sem chances de reação, começou a forçar expulsões.
       Após Neco anotar o décimo gol do Corinthians no jogo (o seu terceiro), o jogador Ary Patusca do Santos chutou a contra a própria meta, fazendo gol contra e sendo expulso por atitude anti-desportiva. Como ele foi o quarto jogador a ser expulso o juiz da partida, o senhor Eduardo Taurisano, encerrou o jogo por falta de jogadores da equipe da baixada.
       O Corinthians, que nada tinha a ver com a confusão criada pelos jogadores santistas e com as expulsões forçadas e com o gol contra e afins, comemoraram muito aquela goleada que é até hoje a maior goleada aplicada pelo Corinthians.
       O time do Santos acabou abandonando o campeonato duas partidas depois e o Corinthians terminou na terceira posição.

Fonte: Meu Timão

3. Gol de Placa na Vila


       O clássico entre Corinthians e Santos na Vila Belmiro já reservou grandes momentos para o Alvinegro do Parque São Jorge. Uma das grandes lembranças para o Timão é do jogo realizado no dia 11 de fevereiro de 1996, há 20 anos. Em um empate com muitos gols e quatro expulsões, um lance ficou eternizado na história do confronto: o chapéu seguido de gol de Marcelinho, que até rendeu uma placa ao ex-jogador pela jogada.

       O golaço de Marcelinho é tão lembrado que não são muitos os que lembram do que aconteceu no jogo em si. Em clássico válido pelo primeiro turno do Campeonato Paulista de 1996, que era disputado em pontos corridos, as duas equipes foram ao gramado da Vila Belmiro com muitos desfalques. Mas pelo lado do Corinthians, os dois principais jogadores do time estavam em campo: o próprio camisa 7 e Edmundo.

       A partida não começou favorável ao Corinthians. O zagueiro Henrique foi expulso ainda no primeiro tempo após tomar dois cartões amarelos. Apesar de ter criado perigo com uma cabeçada de Bernardo, o Timão foi pressionado pelo Santos e saiu atrás no placar aos 39 minutos.

       Mas a desvantagem corinthiana só durou dois minutos. O empate veio graças à dupla Marcelinho-Edmundo. Após cobrança curta de escanteio, o meia cruzou a bola na área, encontrando o atacante livre para completar no gol livre. A reação fez a Fiel, que estava presente em grande número na Vila Belmiro, explodir.

       Só que a primeira etapa ainda traria um novo problema ao Timão. Edmundo foi expulso, e o Corinthians ficou com dois a menos para o restante do clássico alvinegro. A inferioridade numérica fez o time corinthiano sofrer no fim dos 45 minutos iniciais, com bola na trave.

       Com o segundo tempo, veio a reviravolta. O Santos teve dois jogadores expulsos, Marcos Paulo e Jean, e a partida ficou completamente aberta. O Corinthians passou a ter mais chances, duas delas vindo dos pés de Marcelinho, antes de o meia protagonizar um dos lances mais bonitos da história do clássico alvinegro e da Vila Belmiro.

       Aos 21 minutos, Tupãzinho avançou até próximo à área e rolou para Marcelinho, que com um toque com a parte externa do pé deu um chapéu no zagueiro Ronaldo Marconato e chutou no canto do goleiro Edinho sem deixar a bola cair. Um golaço que fez até Pelé, que estava acompanhando a partida no estádio, se render e mandar fazer uma placa ao camisa 7.

       Marcelinho sempre falou que o gol marcado neste clássico foi o mais bonito da carreira dele. Porém, não foi suficiente para garantir a vitória naquele dia. Em cobrança de pênalti, o Santos empatou e o Timão saiu da Baixada Santista com o placar de 2 a 2. Mais do que o resultado, a Fiel se lembrará para sempre do gol de placa do Pé de Anjo na Vila Belmiro.

Fonte: Corinthians


4. Centenário só com Paulistinha


       O Santos tinha tudo para ganhar no dia 13 de junho de 2016. O alvinegro praiano tinha a vantagem de estar jogando em casa, com um dos elencos favoritos na Libertadores (juntamente com o Boca Juniors), no centenário do clube e tendo sido campeão da competição no ano anterior. Isso sem contar que a equipe do litoral já havia sido campeã em cima do Corinthians no ano (no Campeonato Paulista, decidido na própria Vila). 
Mas parece que o futebol é mesmo uma caixinha de surpresas: o Corinthians entrou em campo e atingiu a meta santista aos 27 minutos do primeiro tempo - um golaço de Emerson Sheik na gaveta do goleiro Rafael. E quanto ao astro Neymar? Sumiu. Sim, sumiu o jogo inteiro, e só foi lembrado no intervalo, quando bateu a cabeça em uma câmera.
       O Santos de Neymar e Ganso tentou atacar mas tinha muitas dificuldades, principalmente no meio do campo, com os volantes Ralf e Paulinho, além da zaga de Chicão e Castán. Fora isso, quando o Santos finalmente conseguia alcançar no gol, o sonho santista era destruído por Cássio, que fez milagres durante os mais de 90 minutos de jogo. E nem com um a mais após a expulsão de Emerson o Santos conseguiu atingir a meta corinthiana.
       O jogo teve de tudo: apagão, golaço, defesas impossíveis, torcedor santista decepcionado, ótimas finalizações e, inclusive, mal comportamento de torcedores santistas que atiraram garrafas e um capacete da PM em Cássio, que levava os torcedores rivais à loucura por suas defesas.
       No segundo jogo o Santos veio com clima de guerra, fez o gol com Neymar, mas levou logo em seguida, com Danilo, e foi eliminado pelo Corinthians, que foi para a final contra o Boca Juniors e se sagrou campeão sul-americano de 2012 e, posteriormente, campeão mundial, sob o Chelsea.



O complexo de superioridade santista rendeu até uma paródia de "Eu Quero Tchu" (famosa por ser dançada por Neymar):

5. Gol antológico de Ronaldo na Vila


       O Corinthians chegou a essa primeira partida do campeonato após passar pelo São Paulo nas semi-finais com uma atuação impecável. Impecável, aliás era a campanha do Corinthians até aquele jogo que chegou na final de forma invicta.
       Final de campeonato é sempre um jogo tenso e a expectativa em torno de Ronaldo em sua primeira final pelo Corinthans era grande. Logo aos 10 minutos de jogo falta de Pará em Morais na entrada da área. Chicão que até então era o artilheiro do time na temporada vai pra bola e marca o primeiro gol do jogo, deixando o Corinthians com uma grande vantagem.
       Aos 25 minutos ainda do primeiro tempo, após um bate rebate na intermediária, Chicão da um chutão pra frente, a bola sobe e Ronaldo domina com imensa categoria, tirando do zagueiro e de pé esquerdo toca, na saída de Fabio Costa. Corinthians 2 x 0 Santos. Ainda no final do primeiro tempo o Santos vem com tudo pra cima do Corinthians, mas Felipe em grande fase faz inúmeras grandes defesas, garantindo o 2x0 no primeiro tempo.
       No segundo tempo a história se repete, Santos atacando e o Corinthians se defendendo e cadenciando a partida. Até que aos 15 minutos Triguinho marca o gol santista num cruzamento que desvia no goleiro do Corinthians e entra.
       A partir daí o Corinthians com inteligência segurou o time do Santos, tocando a bola e fazendo o tempo passar.
       Aos 31 minutos, após um ataque santista, Boquita chuta a bola pro meio, que sobra pra Elias. Ao tentar driblar o adversário, Elias acaba tocando a bola na intermediária pro Ronaldo que dá um lindo drible no marcador e, de fora da área, com um lindo toque encobre o goleiro santista Fabio Costa. Corinthians 3x1 Santos, na Vila Belmiro. Após esse lance genial de Ronaldo, Pelé que estava no estádio resolve ir embora e diz que aquele tinha sido “um gol digno de Pelé, digno de Rei”.
       O Corinthians empatou a segunda partida das finais em 1x1 e se sagrou campeão paulista invicto em 2009.

Fonte: Meu Timão

José Silvério sem palavras para descrever o gol:

Luciano Do Vale enlouquecendo com o gol:



6. Chapéu, cobertura, homenagem ao Fenômeno e humilhação santista no Pacaembu


       O dia era 20 de Fevereiro de 2011. O local, Pacaembu. O confronto, Santos e Corinthians. E porque esse jogo entrou pra história, se era simplesmente um jogo de paulistão? Pelas atuações corinthianas, é claro, mas não apenas isso. 
       O Santos em 2011 tinha um consenso entra a mídia: o melhor elenco do país. Isso graças à estrelas como Neymar e Paulo Henrique Ganso. Tanto que nesse mesmo ano o time é campeão da Copa Libertadores da América, sobre o Peñarol, e, posteriormente, passa vergonha no Japão com um incrível placar de 4x0 do Barcelona.
       O Corinthians por outro lado jogava sem estrelas, no máximo Liedson, que fazia sua segunda passagem pelo Time do Povo. Mas o jogo mais uma vez surpreendeu: o Corinthians fez um golaço de falta com Fábio Santos. Na gaveta, sem chance de defesa para o goleiro Rafael. Elano empata o jogo logo em seguida, também com um golaço.
       O empate fez o Santos crescer no jogo, mas foi brecado pelo goleiro Júlio César. Os ataques do Corinthians diminuiram de certa forma, mas sofre um pênalti incontestável em Dentinho, convertido por Fábio Santos e fazendo o Corinthians retomar a liderança no placar. 
       Pra finalizar, no finalzinho, para enterrar o Santos, Liedson faz um golaço para não esquecer, e também para relembrar Ronaldo. Um gol de cobertura, muito parecido com o de Ronaldo e também sendo o terceiro gol de um placar de 3x1, em campeonato paulista. Muita conincidência, não? Mas o melhor vem por aí: nas camisas de todos os jogadores do Corinthians haviam a inscrição "Para sempre Fenômeno", na parte traseira, em alusão à aposentadoria do ídolo corinthiano apenas 6 dias antes. Ronaldo teve uma homenagem e tanto, com um gol inspirado em si.
       Para completar o herói, artilheiro e ídolo santista ainda passou pela vergonha de tomar um chapéu de um volante de contenção. Sim, Ralf. Entrou pra história mesmo.


Chapéu do Ralf no Neymar:


7. 47 do Segundo Tempo


       A partida era apontada como uma final antecipada do Campeonato Paulista daquele ano, já que na outra semifinal duelavam os surpreendentes Botafogo de Ribeirão Preto e Ponte Preta. O Santos precisava apenas de um empate para avançar à final. O jogo permaneceu 0 a 0 no primeiro tempo, após Dodô e Marcelinho Carioca, os principais nomes das duas equipes, desperdiçarem cobranças de pênalti.

       No segundo tempo, Renato abriu o placar para o Santos e Marcelinho, minutos depois, deixou tudo igual. Os santistas já festejavam a proximidade da final quando, aos 47min da etapa final, o atacante Gil pegou a bola na ponta esquerda, deu um drible seco em André Luís e rolou para a entrada da grande área. Marcelinho Carioca fez o corta-luz e Ricardinho acertou uma bola no fundo do gol de Fábio Costa, garantindo uma das vitórias mais suadas do time do Parque São Jorge e tirando mais uma chance do Santos de acabar com o jejum de 17 anos sem títulos.

Fonte: Terra



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